quinta-feira, 28 de maio de 2015

27 de maio

A aula de hoje fugiu um pouco da sequência a que estávamos acostumados. Com o indicativo de greve para o dia seguinte, combinamos em apresentar apenas os textos dos grupos e conseguimos assim 5 apresentações.

A primeira foi a da minha dupla: Niedja e Flávia, que apresentamos o texto ANALYSING THE RHETORIC OF DIGITAL GENRES de Shepherd, Juaçaba, Matos, Pontes e Velloso da Universidade Federal Fluminense.

Esse texto trabalha numa abordagem sociorretórica, onde o discurso é definido e controlado por meio do uso da linguagem nas práticas sociais.

Os autores usaram os postulados da Gramática Sistêmico Funcional; dos Estudos Retóricos de Gênero; e da Retórica Contrastiva.

A noção de gênero nessa abordagem é que eles são eventos comunicativos e são marcados por propósitos comunicativos.

As experiências relatadas no texto escolheram 4 gêneros que poderiam agradar as adolescentes do grupo focal:

a) sites de franquias de escolas de inglês


 b) sessão de conselhos de revistas de adolescentes


 c) perfis masculinos em sites de relacionamento


e d) resumos de romances.


Vimos então, nos 4 trabalhos com gêneros apresentados no artigo, a materialida do texto seguindo steps que ora eram obrigatórios, até para poder manter o status do gêneros, e steps que ora eram possíveis, já que na visão sociorretórica entre os elementos essenciais estão a versatilidade, a inovação e a dinamicidade dos gêneros.

Nosso artigo conclui que a ativação do esquema retórico dos aprendizes, através da retórica contrastiva, podia engrandecer a leitura e a escrita em inglês.


Na nossa opinião o maior insight da pesquisa é que a internet pode ser usada como fonte de motivação contemporânea para gêneros textuais específicos que respondam aos interesses e necessidades dos alunos, casando com a proposta dos PCNs.


A segunda apresentação foi dos colegas Nildo Josimar e Luciano que ficaram responsáveis pelo texto "Critérios para o estudo de reelaborações de gêneros em redes sociais", de Júlio Araújo.

O texto trata das esferas da comunicação, trata também da teoria do remix e do mesh up, que se compara ao processo da paródia, pois por meio dela os sujeitos reelaboram diferentes tipos de mesclas de gêneros para organizar as práticas discursivas entre si. 

O grupo sintetiza que a internet é só um suporte. 

Para Bakhtin (2000), já que os gêneros organizam as necessidades enunciativas dos sujeitos que participam de determinada esfera de atividade, esses dois conceitos se interpenetram e as esferas acabam também por interpenetrarem umas nas outras.

Julio Araujo também faz um recorte para falar do termo Transmutação e seus tipos, preferido por alguns autores, e para falar do termo Reelaboração preferido por outros, porque Transmutação remete à Física Nuclear e à Biologia.

O terceiro grupo, composto por Dayane, João Victor e Juliana, apresentou o texto "Gêneros textuais no contexto digital e educacional" de Ediléa Félix Corrêa. Como o texto apresentou muitos problemas conceituais, não há muito que se dizer, apenas que ele serviu para gerar muitas dúvidas, o que é, de certa forma, algo bom no meio acadêmico.

O quarto grupo, composto por Alcilene, Aléssia e Arly, apresentaram o texto "Gêneros digitais: as TIC como possibilidades para o ensino de Língua Portuguesa".

O grupo defendeu as ideias do texto, sendo a principal que o ensino de Língua Portuguesa na escola pode ser facilitado com a ajuda da tecnologia.

Um conceito que foi construído pelas discussões feitas durante a apresentação delas, e que eu gostei muito, foi o de blog: sistema hipertextual que engloba vários gêneros discursivos como entrevista, diário, comunicado, carta e etc.

O último grupo do dia, Eliezer e Luli, apresentou o texto "Digital Genres, New Literacies and Autonomy in Language Learning".


Essa dupla trouxe um exemplo de material que se diz prestar para o aprendizado da Língua Francesa sem auxílio presencial de um professor. Luli conhecia o material, pois tentou seguir o passo a passo, mas não conseguiu sair bem sucedida. Logo a questão da autonomia no meio digital ainda é uma das questões que demanda muita discussão. 



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