quarta-feira, 29 de abril de 2015

A aula do dia 29  abril foi dividida em duas partes.
Na primeira parte foi apresentado o 3º Encontro de Edtores da área de Letras e Linguística. Esta apresentação foi feita através da página criada pela orientanda do professor Luiz Fernando, a professor Flávia K. L. Duarte Barbosa.


Para mais informações sobre o evento visitem e curtam a página seguindo o link abaixo.

https://www.facebook.com/pages/3%C2%BA-Encontro-de-Editores-da-%C3%81rea-de-Letras-e-Lingu%C3%ADstica/420300001482110?pnref=story

Na segunda parte fizemos a discussão do questionário do texto: Hipertexto - definição, tipologia e características que compartilho a seguir.

1ª A definição de hipertexto adotada pelo autor é um texto exclusivamente virtual que possui como elemento central a presença de links.

2ª) A discussão terminológica entre texto e documento é resolvida nesse contexto onde ambas são usadas de modo intercambiável.

3º) Hipertexto abertos são aqueles cujos links apontam para outros documentos. Ex.




Hipertextos fechados são aqueles cujo conteúdo se encontra armazenado numa única unidade de armazenamento e não pode ser alterado. Ex.
4º) Os modelos de hipertexto comentados pelo autor são:

  • Sequencial ou linear
  • Hierárquico
  • Reticulado e
  • Em rede
5º) Para as Ciências Linguística a importância da pesquisa sobre tipos de hipertexto tem a ver com a questão da argumentação.
6º) Já para o ensino da leitura  da escrita  de hipertexto a importância da pesquisa sobre tipos de hipertexto está na interferência em relação aos modelos que o professor decide aplicar.
7º) Para o desenvolvimento das habilidades de leitura de hipertexto a importância da pesquisa sobre tipos de hipertexto está na ampliação das possibilidades de desenvolvimento cognitivo por meio dessas habilidades.

8º) O papel da escola com relação ao  ensino da leitura  da escrita  de hipertexto é o de assumir sua responsabilidade em relação a oferta desse novo tipo de habilidade que o mundo está exigindo do aluno. 

quarta-feira, 22 de abril de 2015

A aula do dia 22 de abril foi separada para apresentação de 3 colegas. Vamos às apresentações:

Primeiro Flávia apresentou um rápido histórico da Linguística de Texto e as contribuições de Marcuschi e Koch.




Na segunda apresentação, Dayane fez análise de dois textos que juntam o verbal e o imagético. Seguem as análises:




Neste segundo texto o verbal diz que os alunos se surpreendem com o tema do Enem, pois esperavam algo bem diferente, mas na foto a jovem entrevistada aparece sorridente e com um pano de fundo que não acrescenta nada a situação contextual.

Finalmente, a colega Norberta fez a apresentação do blog que construiu quando fez uma disciplina com o professor Luiz Fernando no semestre passado.


quinta-feira, 9 de abril de 2015

Estamos de volta com as discussões do segundo encontro da turma que aconteceu no dia 08 de abril.
Neste dia começamos o estudo do texto: Texto e Hipertexto: o "hiper" do hipertexto e outras questões, Esse texto, assim como o da primeira aula, também é de autoria do professor Luiz Fernando Gomes, mas enquanto o primeiro faz parte do livro Hipertexto no Cotidiano Escolar, esse faz parte do livro Hipertextos Multimodais: leitura e escrita na era digital.

Essas são as capas dos dois livros citados:
























Logo de início, fica claro que a intenção do autor quando propõe um estudo sobre o prefixo "hiper" da palavra hipertexto era de trazer o hipertexto para o âmbito da linguística, mostrar a necessidade de entender o hipertexto como objeto da linguística, pois os estudos sobre ele estavam ficando muito na área tecnológica.
A primeira questão que o autor discute é a do processo x uso.
Logo em seguida o autor discute a relação entre texto e hipertexto.
Na minha opinião essas duas questões são imbricadas, pois a área tecnológica vai colocar o foco das pesquisas sobre hipertexto nas questões de uso; enquanto a área linguística e das ciências cognitivas deve colocar o foco no processo da construção de sentidos do texto, coisa que não estava acontecendo com a frequência esperada.
 A crítica do autor a esse tema está ancorada em Miall (1998), que diz que temos que partir do que conhecemos sobre leitura e escrita de textos e os processos psicológicos envolvidos. Só com um conhecimento bem alicerçado nesse área é que poderemos averiguar os impactos que o hipertexto pode trazer para essa área. Para o autor não é a diferença entre texto e hipertexto que é relevante, mas se o leitor está interessado em processar o texto ou apenas em usá-lo.
Segundo o autor, as pesquisas na área de Linguística Aplicada e Linguística de Texto deveriam se ater para estudar como os leitores inter-relacionam informações no hipertexto, como se constrói a coerência em textos linkados.




Vamos agora tentar resumir o que cada autor considera com relação a texto e hipertexto. Perfetti opta pelo redirecionamento da questão das semelhanças e diferenças entre texto e hipertexto para as questões de uso.
Os que partem em busca das semelhanças entre texto e hipertexto:

  • Rouet e Levonem afirmam que não existe diferença no tocante a linearidade nos dois suportes. As gravuras, os índices, os gráficos, etc permitem a leitura não linear, mesmo sendo com um grau menos do que os hiperlinks.
  • Kock também compara os dois suportes e não vê diferença entre as notas de rodapé e referências feitas num texto impresso e os links do hipertexto. Ambos dão liberdade ao leitor de interromper a leitura quando quiserem para fazer consultas. Para ela a diferença está apenas no suporte e na forma e rapidez de acesso.
Os que partem em busca das diferenças entre texto e hipertexto:
  • Lemke diz que o hipertexto é diferente do texto porque oferece apenas unidades de informação com possibilidades de trajetória não sequencial, não apresentando um eixo narrativo ou argumentativo.
  • Marcuschi radicaliza quando diz que o hipertexto por explicar tudo, acaba não explicando nada.
  • Braga vê diferença oferecida pelos links do hipertexto como centrais na sua extruturação.
Eu consegui, no final da leitura, ver semelhanças e diferenças em ambos os sentidos: tanto de processo como de uso. Concluo concordando como autor,  no sentido de que nós ainda não tínhamos respostas nem para todas as questões que envolvem o texto impresso, e agora além delas nos confrontamos com as questões que envolvem o hipertexto. Haja pesquisa!

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Pessoal, segue um link que me foi enviado pelo colega Gonzalo Abio do CEDU/UFAL, que acredito vá interessar a todos.

https://www.academia.edu/11846532/Uso_de_sistemas_de_autoria_da_web_2.0_para_facilitar_o_Conhecimento_Tecnol%C3%B3gico_Pedag%C3%B3gico_de_Conte%C3%BAdo_de_professores_de_espanhol_em_forma%C3%A7%C3%A3o_2015_
Olá, esse blog foi criado para postagem das produções da disciplina Seminários Temáticos em Estudos Textuais: hipertexto e gêneros digitais, do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da UFAL.
Nossa primeira aula aconteceu no dia 01 de abril de 2015 e nela começamos algumas descobertas nessa área que exponho abaixo.

  • A importância do físico e matemático Vannevar Bush para a criação do hipertexto, principalmente com a publicação do artigo "As we may think".

  • Os pressupostos do artigo “ As we may think”, de 1945, baseavam-se na ideia de que nossa mente não trabalha linearmente, mas por associações. Ele propôs uma maneira de organizar conteúdos de forma não linear, nada de hierarquia!
  •  Memex - Memory Extension - criado por Bush, era um dispositivo mecânico que misturava microfilme e célula fotoelétrica no qual se podia armazenar e consultar livros. Nele o pesquisador podia incluir comentários, alterar os conteúdos e criar links entre os documentos. Foi o início de uma nova era de indexação.
  • Essa inovação provou que a indexação não era exterior ao leitor, mas sim que ela podia ser feita através da relação subjetiva do pesquisador, que fazia relações entre as obras a seu modo e ainda as modificava de acordo com suas necessidades. Já era um prenúncio do hipertexto.
  • O hipertexto baseado em computador só foi desenvolvido 15 anos depois, em 1960, por Theodore Nelson, como trabalho final de seu curso de pós-graduação em Harvard.

  • Além disso, Nelson também criou um projeto que foi considerado o precursor da web, o Projeto Xanadu. Podemos adiantar o Xanadu é um sistema mundial de hipermídia, onde TUDO pode ser acessado, TODAS as ideias podem ser associadas e os MESMOS documentos podem aparecer em vários contextos sem necessidade de duplicação física. Para saber mais sobre esse projeto: http://www.xanadu.com/
  • O hipertexto proposto por Ted Nelson não foi realizado em sua totalidade, porque apenas com o advento da web 2, no ano 2000, é que pudemos passar a ser produtores de informação.
  • Essa é a diferença entre a WEB 1 e a WEB 2: Na época do que hoje é chamado web 1, nós só navegávamos na internet como consumidores de informação. A web 2 foi criada 
  • Nelson cunhou o termo hipertexto colateral ou paralelo que diz respeito à quantidade de links entre blocos de informação.
  • Ele também criou a ideia do  "stretch text" que é uma forma dinâmica de ambiente contínuo parecido com o ambiente Wiki de hoje.
  • A relação do hipertexto com o sânscrito tinha a ver com a forma  da apresentação textual: Você encontrava um resumo que seria aprofundado caso o leitor mostrasse interesse. Os textos sagrados do sânscrito eram assim, começavam com uma máxima que depois era expandida pelos comentadores.
  • Quem inventou o mouse e desenvolveu o conceito das múltiplas janelas foi Douglas Engelbart, em 1962. Esses conceitos depois foram utilizados por Bill Gates. 

Fonte: https://www.google.com.br/search?q=Theodore+Nelson&espv=2&biw=1440&bih=755&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=SaAlVYi1H4GjgwS_ioJw&ved=0CAYQ_AUoAQ#tbm=isch&q=+Douglas+Engelbart&imgrc=kBt6CbFz00qJKM%253A%3BwbAJzpaCuoPlfM%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.13wmaz.com%252Fimages%252F640%252F360%252F2%252Fassetpool%252Fimages%252F130703040537_doug-engelbart.jpg%3Bhttps%253A%252F%252Fsomaliland1991.wordpress.com%252F2013%252F07%252F04%252Faabihii-muuska-gacanta-kumbiyuutarka-mouse-oo-adduunka-ka-tegay-died%252F%3B640%3B360

  • Engelbart e sua equipe de 17 pesquisadores criaram a noção de dição de texto na tela, construíram o primeiro sistema para linkar blocos de informação e ainda projetaram e desenvolveram o primeiro sistema de hipermídia para o computador.
  • A WWW (world wide web) foi uma invenção de Tim Berners-Lee em 1991.


  • As intranets são redes privadas que ligam determinados computadores e pessoas que possuam uma senha.
  • As intranets podem ser de dois tipos: lan, local area network (rede de área local) ou wan, wide area network, (rede de área extensa.
Por hoje é só pessoal, mas continuamos a aprender na próxima postagem. Espero que tenham gostado.