Hoje tivemos uma fala do professor Dr. Luiz Fernando Gomes sobre 2 textos: Hipertextos Multimodais e O Verbal e o Não Verbal - a aptidão dos modos visual e verbal.
A respeito do primeiro texto:
No começo ele já traz uma revisão do conceito de Multimodalidade que é a consideração aos diversos modos de representação. O professor começa nos lembrando que tudo só existe por representações os signos que estão no lugar das coisas representadas.
Os modos de expressão mais conhecidos, também chamados de linguagens ou representações são: linguístico, visual, espacial, auditivo, gestual e tipográfico.
Um exemplo de multimodalidade:
Para Barthes imagens são ilustrações, ancoragem e "relay", a assim a leitura começa pelo "layout", pela distribuição espacial dos elementos, o que inclui a escrita tipográfica que é um modo de expressão.
Agora vamos conceituar texto como qualquer tipo de comunicação realizada através de um sistema de signos, logo a multimodalidade aparece tanto no meio impresso como no meio digital. O que deve ficar claro é que no hipertexto essa multimodalidade é facilitada pela presença dos links.
O segundo material resenhado pelo professor também começa revisando o conceito de multimodalidade e afirmando que o sentido do texto é o resultado da interrelação entre as linguagens ou modos de expressão.
Isto acontece até no texto que só aparenta ser verbal, mas que na verdade o verbal está diretamente ligado ao sonoro na hora da decodificação do morfema em fonema ou vice-versa. Ou até num texto descritivo que nada mais é do eu uma imagem verbal.
O texto diz que "a leitura e interpretação de imagens requer conhecimentos sobre seu funcionamento enquanto signo semiótico e das relações de sentido entre os diferentes signos que as compõem". Por isso foi rebatido o ditado popular que diz que uma imagem vale mais que mil palavras, até porque toda linguagem tem "affordances", isto é limites e possibilidades que dependem dos conhecimentos prévios do leitor e costumam ter um impacto emocional mais direto.
kkkkkkkkkkkkkk
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
21/10/2015
Hoje foi o dia de cada representante dos grupos apresentarem a resposta que formularam para as perguntas de revisão lançadas no dia 07.
Algo que ficou claro foi que a compreensão dos temas estudados, em geral, está homogeneizada, com apenas algumas diferenças muito pontuais.
Com relação à primeira questão, todos os grupos relacionaram as características em comum entre texto e hipertexto do ponto de vista linguístico: intertextualidade, informaticidade, situacionalidade, etc. E o ponto de diferenciação que ficou mais evidente foi quanto ao acesso, que no hipertexto torna-se mais abrangente que no texto.
Com relação à relação entre internet, web e hipertexto, todos foram unânimes ao apresentar a ligação. a interdependência entre os termos.
Já em relação aos links, todos citaram os tipos de link estudados e identificaram o explicativo e ilustrativo como os mais usados.
A última questão foi a que mais criou polêmica, pois até os textos lidos durante a disciplina foram polêmicos. Há autores que aceitam a nomenclatura "gêneros digitais" e há os que aceitam.
Algo que ficou claro foi que a compreensão dos temas estudados, em geral, está homogeneizada, com apenas algumas diferenças muito pontuais.
Com relação à primeira questão, todos os grupos relacionaram as características em comum entre texto e hipertexto do ponto de vista linguístico: intertextualidade, informaticidade, situacionalidade, etc. E o ponto de diferenciação que ficou mais evidente foi quanto ao acesso, que no hipertexto torna-se mais abrangente que no texto.
Com relação à relação entre internet, web e hipertexto, todos foram unânimes ao apresentar a ligação. a interdependência entre os termos.
Já em relação aos links, todos citaram os tipos de link estudados e identificaram o explicativo e ilustrativo como os mais usados.
A última questão foi a que mais criou polêmica, pois até os textos lidos durante a disciplina foram polêmicos. Há autores que aceitam a nomenclatura "gêneros digitais" e há os que aceitam.
14/10/2015
Nesta aula o professor Luiz Fernando divulgou a eleição para a nova diretoria da ABEHTE ( Associação Brasileira de Estudos sobre o Hipertexto e Tecnologias Educacionais)
Em seguida terminamos as apresentações que faltam ser feitas desde antes da greve:
Começamos com Josineise e Sandra: Gêneros digitais: as Tics como possibilidades para o ensino da Língua Portuguesa.
"O texto não é digital, ele tem suporte digital" Uma das colegas admitiu que por conta de seu contexto muito específico, tudo que tem a ver com Educação e Tecnologia é muito novo para ela e cursar a disciplina do professor Luiz foi uma tentativa de 'forçar a barra' para se atualizar.
Seguiu-se a apresentação do Hipertexto educacional de Eliezer: um trabalho com a música "unbreak my heart" de Toni Braxton.
Para finalizar, José Edson, que dividiu a autoria do trabalho com Marília, apresentou um texto em que a autora coloca os textos em 3 esferas: científica, jornalística e literária. A autora cria vários termos no mínimo discutíveis como
a) e-gênero, que ela conceitua como todo aparato textual que utiliza a escrita de forma interativa por meio eletrônico;
b) webliteratura e
c) weblogs.
Em seguida terminamos as apresentações que faltam ser feitas desde antes da greve:
Começamos com Josineise e Sandra: Gêneros digitais: as Tics como possibilidades para o ensino da Língua Portuguesa.
"O texto não é digital, ele tem suporte digital" Uma das colegas admitiu que por conta de seu contexto muito específico, tudo que tem a ver com Educação e Tecnologia é muito novo para ela e cursar a disciplina do professor Luiz foi uma tentativa de 'forçar a barra' para se atualizar.
Seguiu-se a apresentação do Hipertexto educacional de Eliezer: um trabalho com a música "unbreak my heart" de Toni Braxton.
Para finalizar, José Edson, que dividiu a autoria do trabalho com Marília, apresentou um texto em que a autora coloca os textos em 3 esferas: científica, jornalística e literária. A autora cria vários termos no mínimo discutíveis como
a) e-gênero, que ela conceitua como todo aparato textual que utiliza a escrita de forma interativa por meio eletrônico;
b) webliteratura e
c) weblogs.
terça-feira, 13 de outubro de 2015
07/07/2015
Depois de quatro meses de greve. nossas aulas foram retomadas. Infelizmente no dia 07 de outubro eu estava participando do III SEFELI (Seminário Formação de Professores e Ensino de Língua Inglesa) em Aracaju e não pude participar. Mas segue abaixo as respostas que dei ao questionário aplicado pelo professor Luiz Fernando:
1- Apontem
as principais semelhanças e diferenças entre texto e hipertexto, dividindo-as
em três aspectos: (1) sua constituição; (2) questões referentes à leitura; (3)
questões referentes à sua produção para fins educacionais, tanto para o ensino
quanto para a aprendizagem.
A) Com
relação à constituição do texto e do hipertexto, o que se deve levar em conta é
o ponto de vista técnico, pois, do ponto de vista lingüístico, quase não há
diferença entre os dois, como afirma Kock (2005). Para essa autora a diferença
“está apenas no suporte e na forma e rapidez do acesso”. Do ponto de vista
técnico devemos lembrar que o texto é unidimensional, nos levando a uma leitura
que possui continuidade de tópico, de tema e de sentido, enquanto o hipertexto
é multidimensional, seu prefixo “hiper” nos leva ao espaço hiperbólico, ao
hiperespaço ou espaço multidimensional, no qual a leitura tem uma organização
descentralizada, que afeta a própria identidade do leitor, pois, a partir da
exploração de hipertextos na internet, o leitor passa a assumir também a
posição de usuário e navegador, passando assim o controle da sequência e da
progressão da leitura das mãos do autor para as do leitor, criando a idéia de
caminhos de leitura personalizados.
B) Com
relação à leitura, a diferença está no fato de o hipertexto não ser um texto
que só pode ser lido linearmente. O hipertexto permite formas de exploração
diferentes, mais elásticas do que a leitura no texto unidimensional. E talvez
esse tenha sido o motivo da mudança de foco nos estudos sobre leitura, que em
relação ao texto se concentrou na cognição: em saber como os textos eram
processados, já em relação ao hipertexto se concentrou na usabilidade: que tem
a ver com a característica técnica e não é de relevância primordial para a
Linguística.
C) Com
relação à sua produção para fins educacionais ainda há muito para investigar. A
Linguística deve se preocupar com como o leitor processa textos linkados, como
o leitor consegue construir coerência nos textos organizados de forma não
linear, indo para onde quiser ir a partir dos links, como aponta Perfetti
(1996). É necessário descobrir até que ponto essa nova forma de ler “personalizada”
está realmente empoderando o leitor de hipertextos e quais os efeitos de
sentido que os links (ou a falta deles) trazem para a leitura.
2- Qual
a relação entre internet, web e hipertexto?
Existe uma relação hierárquica de
dependência entre esses termos, pois um depende do outro para existir: sem a internet
não haveria hipertexto e sem a existência de vários hipertextos não haveria a
web. A internet é um sistema
composto de redes interligadas. A web
é o serviço mais utilizado da internet, trata-se de uma plataforma, na qual
serviços da internet são disponibilizados, enfim é uma teia de estrutura
hipertextual aberta e descentralizada, que permite conexões entre as páginas da
internet. Já o hipertexto é o texto
virtual cujos links remetem a outros textos dentro da própria web, mas isso só
é possível se houver conectividade de internet disponível.
3- Quais
as principais funções dos links? Dentre as funções chamadas retóricas, quais as
que vocês percebem como as mais importantes ou as mais usuais?
Como elementos fundamentais constitutivos
do hipertexto, os links podem modificar, ampliar, induzir ou restringir
sentidos. Na minha opinião, todas as funções retóricas são importantes, mas, é
claro que existem as que são mais usadas como a função explicativa e
ilustrativa. Acredito que esses sejam os mais usados porque se assemelham às
estratégias de leitura usadas durante a leitura do texto convencional quando
aparece um ruído no mesmo, isto é, quando o leitor começa a perder a
compreensão da leitura e ele pára para procurar em dicionário ou em outro
material uma explicação ou um exemplo que o ajude a entender melhor antes de
voltar para o texto. Há uma desaceleração da leitura que acontece nesse momento
no texto linear que é idêntica à desaceleração produzida pela exploração dos
links explicativos e ilustrativos.
4- Sobre os chamados gêneros digitais, apresentem a(s)
definição(ões) de gênero que perceberam ser mais produtivas para suas
pesquisas/atividades com as linguagens no meio digital. Com base nessa(s) teoria(s) façam um elenco de
gêneros digitais, justificando cada um dos gêneros elencados mediante um
enquadramento teórico.
Considero a
definição de gênero de Martin[1] (1985:250) muito objetiva:
“os gêneros são a forma pela qual se faz as coisas quando a linguagem é usada
para realizá-las”.
Para começar, eu não vou ao
extremo de dizer que não existe gênero digital, como faz Araújo em seu texto
“Critérios para o estudo de reelaborações de gêneros em redes sociais”, mas só
aceito chamar de gêneros digitais aqueles que surgiram com o advento da
internet, como, por exemplo, o e-mail, que surge de uma intenção comunicativa
que se junta a uma característica do imediatismo, pois o e-mail é uma prática
social em que eu me certifico de que o outro, por mais distante que esteja,
receberá a mensagem assim que eu apertar o botão “enviar”, basta somente que ele também esteja conectado. Nisso se
baseia sua função específica. Na minha opinião, uma receita que você encontra
na rede não é um gênero digital, pode ser, concordando agora com Araújo, que
seja apenas uma forma reelaborada em conjunto com a informática. É uma receita, logo é um gênero discursivo
como seu paralelo não virtual, e por estar no ambiente digital, pode, no
máximo, ser chamada de gênero discursivo digital. Não temos certeza ainda de onde
chegará essa polêmica sobre a ambientação digital, mas não podemos aceitar que
tudo que está na rede seja considerado como gênero digital.
[1] MARTIN. J. R. Process and text: two aspects of human semiosis. In:
BENSON, J. D., GREAVE W. S., Eds. Sistemic
perspectives on discourse. Norwood, NJ: Blex, 1985, p. 248-274.
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